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Essa besta lembra um humanoide peludo com focinho comprido, igual a o de um tamanduá. Seus pés são cascos redondos e seus dedos possuem garras bastante afiadas. Possui pouco mais de 2 metros de altura e se movimenta de um jeito desengonçado, feroz e barulhento.
Capelobos são monstros solitários que habitam florestas fechadas e atacam qualquer tipo de criatura que encontrarem. Não são guardiões da natureza, apenas predadores e não fazem distinção de suas presas, sejam homens ou animais. Costumam agarrar seus alvos e então esmagá-los, apertando em um abraço mortal, enquanto usam suas garras para abrir o crânio e então sugar o cérebro usando o longo focinho. Ao enfrentar um alvo, não medem esforços e quase sempre usam de violência e destruição desnecessária.
A maldição do Capelobo é uma espécie de doença mágica e sem cura que aparece em certas linhagens familiares, normalmente de antigas comunidades tribais. Essa maldição se manifesta em pessoas de idade avançada, que começam a se esquecer de quem um dia foram, até se transformarem em bestas assassinas devoradoras de cérebros.
Predador rural. Capelobos evitam cidades e grandes freguesias, mas podem invadir aldeias, pequenas vilas e fazendas próximas da floresta. Geralmente o fazem nas noites de quinta para sexta-feira (ou equivalente do cenário), quando costumam ficar inexplicavelmente mais selvagens e famintos.
Maldição imortal. Capelobos não envelhecem e são imunes à doenças mundanas. Além disso, caso o Capelobo venha a morrer, ele ressuscitará entre 5 e 10 dias, a não ser que o último golpe que recebeu o tenha atingido no umbigo ou que seu corpo tenha sido queimado.
Proteção contra capelobos. Essa criatura não entra em casas em que o batente das portas e janelas tenha sido envernizado com leite de seringueira (ou árvore equivalente do cenário).
Capelobo
Monstruosidade média, caótico e mau
Classe de Armadura: 15 (armadura natural)
Pontos de vida: 97 (13d8 + 39)
Deslocamento: 9 m
FOR DES CON INT SAB CAR
18 (+4) 15 (+2) 17 (+3) 9 (-1) 14 (+2) 7 (-2)
Salvaguardas: Des +5, Con +6, Sab +5
Perícias: Percepção +5, Sobrevivência +5
Resistência a Danos: Contundente, cortante e perfurante de ataques não-mágicos.
Imunidade a Condições: Amedrontado
Sentidos: Visão no escuro 18 m, Percepção passiva 15
Idiomas: Entende comum, mas não pode falar.
Desafio: 7 (2.900 XP)
Brutamontes. Um ataque corpo-a-corpo com arma causa um dado extra de dano quando o Capelobo atinge com ele (incluso na descrição do ataque).
Incansável (Recarga após um Descanso Curto ou Longo). Se o Capelobo sofrer 14 pontos de dano ou menos que reduzam seus pontos de vida a 0, em vez disso seus pontos de vida são reduzidos para 1.
Olfato Apurado. Esta criatura tem vantagem em testes de Sabedoria (Percepção) que dependam do olfato.
Ações:
Ataques Múltiplos. O Capelobo criatura faz dois ataques com garras.
Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 17 (3d8 + 4) pontos de dano cortante, se o alvo for médio ou menor, fica agarrado (CD 15 para escapar). Até o agarrão terminar, o alvo está contido, o Capelobo não pode agarrar outro alvo e um dos seus ataques com garras deve ser feito contra o alvo.
Trepanar. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar, alcance 1,5 m, um humanoide incapacitado agarrado pelo Capelobo. O alvo atingido sofre 55 (10d10) de dano cortante. Se esse dano reduzir os pontos de vida do alvo a 0, o Capelobo mata o alvo, extrai e devora seu cérebro como parte da ação.
Imagem: Júlio Brilha (Livro Lendas, da Editora Chiauscuro. 2018).
Fontes de pesquisa:
ALVES, Januária. Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro. 1ª Edição. São Paulo: FTD: SESC Edições, 2017.
CASCUDO, Luís da Câmara. Geografia dos Mitos. 1ª ed. São Paulo: Global editora. 2012.
CASCUDO, Luís da Câmara. Licantropia Sertaneja. Imburana: Revista do Núcleo Câmara Cascudo de Estudos Norte-Rio-Grandenses, v. 5, n. 9, 2014.
SANTOS, Katiane. Do passado ao presente: a festa 13 de maio da comunidade quilombola Dona Juscelina em Muricilândia - TO. Dissertação de Mestrado. Palmas: UFT, 2018
SADER, Regina. Lutas e imaginário camponês. Tempo Social, v. 2, n. 1, p. 115-125. São Paulo: USP, 1990.
Narrativas orais recolhidas pelo Grimório Tropical com pessoas do Tocantins e Pará. Agradecimentos especiais à Gaby Cavalcante e Arle Janso por terem auxiliado na pesquisa.