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Matinta Pereira (D&D 5ª ed) - Bestiário Tropical pag. 005

Atualizado: 9 de jul. de 2021

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Um assovio corta a noite e assombra o coração de todos os moradores de uma vila pequena, que imediatamente avisam "Pode passar amanhã pra buscar". Na manhã seguinte, uma velha bate na porta dos aldeões para buscar as oferendas e, se não as receber, fará coisas horríveis com aquelas pessoas.


A Matinta-Pereira é uma espécie de bruxa agourenta, normalmente uma mulher velha, embora existam algumas raras matintas machos. Possui pés de pássaro, com garras afiadas, e possui penas nas costas do corpo, que esconde com seu manto esfarrapado. Costumam viver em ruínas abandonadas, mas não muito distantes de vilas ou aldeias, onde visitam com frequência para buscar oferendas extorquidas do povo. Invadir uma ruína é pedir uma morte impiedosa.


Matintas conseguem criar todo tipo de poções e realizar vários rituais diferentes, mas nunca fazem isso sem interesses. Costumam até adoecer pessoas, apenas para cobrar pela cura. É possível conseguir sua atenção com promessas de presentes, em especial, de fumo, bebida, ouro e joias.


O poder da Matinta é uma maldição, passada para os descendentes, mas que também pode ser dada de outra forma. Caso não consiga ter filhos, a Matinta-Pereira sai disfarçada nas ruas, perguntando "quem quer? Quem quer?", mas nunca explicando o que está oferecendo. A primeira pessoa que disser "Eu quero" fica amaldiçoada e irá se transformar em Matinta até o final da próxima lua cheia, a não ser que seja alvo da magia Remover Maldição  até que a transformação esteja completa.


Convenções. Uma matinta que faça parte de uma convenção (ver a nota “Convenção de Bruxas”, no Livro dos Monstros) tem um nível de desafio de 8 (3.900 XP).


Matinta Pereira

Feérico medio, neutro e mau

 

Classe de Armadura: 17 (armadura natural)

Pontos de vida: 99 (18d8 +18)

Deslocamento: 9 m, voo 15 m

 

FOR DES CON INT SAB CAR

12 (+1) 19 (+4) 13 (+1) 12 (+1) 15 (+2) 17 (+3)

 

Salvaguardas: Int +4,Sab +5

Perícias: Furtividade +7, Natureza +4, Percepção +5, Sobrevivência +5

Resistências a dano: Contundente, Cortante e Perfurante de armas não-magicas.

Sentidos: Visão no escuro 18 m, percepção passiva 15.

Desafio: 6 (2.300 XP)

 

Conjuração Inata. A habilidade de conjuração de uma Matinta é Carisma (CD de resistência de magia 14, +6 para atingir com ataques de magia). Ela pode conjurar, inatamente, as seguintes magias, sem necessidade de componentes materiais:


À vontade: Infligir ferimentos, Prestidigitação, Traquinagem (veja aqui).

2/dia cada: Convocar familiar, Malogro, Rogar maldição.

1/dia cada: Contágio, Dominar monstro.


Metamorfo. A Matinta pode usar uma ação para metamorfosear-se na forma de qualquer fera de tamanho médio ou menor, ou de volta para sua forma natural. Suas estatísticas são as mesmas em qualquer forma, exceto pelas mudanças de deslocamento indicadas. Qualquer equipamento que ela estiver usando ou carregando não é transformado. Ele reverte para a forma verdadeira ao morrer.


Manto em Trapos. Se a Matinta não estiver vestindo seu manto, ela perde a capacidade de voar na sua forma natural.


Presença Sinistra. As animais sentem o mal que vem da Matinta. Feras a 18 metros de uma Matinta que posam percebê-la, ficam amedrontadas.

 

Ações:


Garras. Arma de Combate Corpo a Corpo: +7 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 11 (2d6 + 4) pontos de dano cortante.


Assovio Macabro. A Matinta solta um assovio de gelar a alma e drenar a vida. Todas as criaturas a 18 m dela devem fazer uma salvaguarda de sabedoria CD 14. Se falharem, estão amedrontadas por 1 minuto. Enquanto estiver amedrontada por este efeito, uma criatura não pode recuperar pontos de vida perdidos por dano necrótico. Uma criatura pode repetir a salvaguarda no final de seus turnos, encerrando o efeito se tiver sucesso. Se a criatura for bem sucedida na salvaguarda ou encerrar o efeitos em si, ela fica imune ao efeito por 24 horas.


Passagem Invisível. A Matinta torna-se magicamente invisível até que ataque ou conjure uma magia ou até que a concentração dela termine (como se estivesse se concentrando em uma magia). Enquanto estiver invisível, ela não deixa qualquer evidencia física de sua passagem, portanto só pode ser rastreada através de magia. Qualquer equipamento que ela esteja vestindo ou carregando fica invisível com ela.

 
 

Imagem original: Victor Cherr; edição: Grimório Tropical.


Fontes de pesquisa:


ALVES, Januária. Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro. 1ª Edição. São Paulo: FTD: SESC Edições, 2017.


CASCUDO, Câmara. Geografia dos Mitos. 1ª ed. São Paulo: Global editora. 2012.


CRUZ, Nathália. As mitopoéticas na obra de Paulo Nunes: ensaio sobre Literatura e Educação na Amazônia. Dissertação de mestrado. UEPA, 2013.


MAGALHÃES, José Vieira Couto de. O Selvagem. Rio de Janeiro: Typ. da Reforma, 1876.


RODRIGUES, João Barbosa. Poranduba amazonense. Rio de Janeiro: Typ. de G. Leuzinger & Filhos. 1890.


PEREIRA, Franz. Painel de Lendas & Mitos da Amazônia. Artigo vencedor do Concurso "Folclore Amazônico 1993" da Academia Paraense de Letras. 1ª reedição revisada. Belém. 2001.


SILVA JUNIOR, Fernando A. O mito da Matinta Perera de Taperaçu Campo e o conceito de dádiva: Aproximando-se de um conceito antropológico. Amazôn., Rev. Antropol. (Online) 6 (2): 484-502, 2014.


SILVA JUNIOR, Fernando A. Representação Feminina no Mito da Matintaperera em Taperaçu Campo, Bragança (PA). Dissertação de mestrado. UFPA. 2014.

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