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Pés-de-Louça (D&D 5ª ed) - Bestiário Tropical pag. 096


Não fosse por seus pés, aquele seria um homem comum. Sua pele é bronzeada, seus cabelos balançam ao vento e seu rosto tem uma expressão rosada e viva. Mas seus pés são diferentes, tudo abaixo de seus joelhos parece feitos de uma porcelana branca e reluzente, que libera um brilho incômodo. Olhar para esse brilho causa uma estranha reação na mente de quem o vê.


Em certas ilhas e nos navios que delas se aproximam é possível encontrar os homens de pés de louça. Esse é o destino de diversos marinheiros, piratas e pescadores que morrem naquelas enseadas e passam a eternidade a assombrar os vivos. Ligados ao mar e às praias, os pés-de-louça são fantasmas naturalmente insanos e diferentes. Quando aparecem, se manifestam fisicamente e podem assombrar durante o dia sem qualquer dificuldade.


Quando encontram uma vítima, usam o brilho amaldiçoado de seus pés para levá-los à loucura, irradiando insanidade. Se não forem fisicamente atacados, não sacam armas, apenas usarão seu brilho em suas vítimas, até que percam totalmente a sanidade ou morram. Se alguém desvia o olhar para se proteger, os fantasmas farão de tudo para que ele os olhe: cantam, gritam, choram, xingam, bravejam, dançam, até que o alvo olhe para seus pés. Suas reações podem parecer incoerentes ou violentas à primeira vista.


Fantasma praieiro. Pés-de-louça podem surgir em praias, no mar ou navios próximos da costa e desaparecem imediatamente caso todas os seus alvos saiam deste território. É comum que ajam em grupos de vários pés-de-louça.


Louco como a tormenta. Independente do que ocorra, é impossível ter uma conversa coerente com um homem dos pés de louça. Essa assombração perdeu a sanidade e faz todo o possível para deixar outros tão insanos quanto ela mesma. É comum que ele ignore até mesmo possíveis ferimentos que venha a levar e continue apenas se importe em continuar a enlouquecer outros.


Pés-de-Louça

Morto-vivo médio, caótico e mau

 

Classe de Armadura: 14 (armadura natural)

Pontos de vida: 75 (10d8 + 30)

Deslocamento: 9 m, natação 12 m

 

FOR DES CON INT SAB CAR

14 (+2) 15 (+2) 17 (+3) 13 (+1) 14 (+2) 17 (+3)

 

Salvaguarda: Int +4, Sab +5

Resistências a Dano: Elétrico, Ígneo, Trovejante

Imunidades a Dano: Frio, Necrótico e Venenoso

Sentidos: Percepção às cegas 18 m, percepção passiva 12

Idiomas: Sabe todas as línguas que falava em vida.

Desafio: 5 (1.800 XP) Bônus de Proficiência: +3

 

Fortitude de Morto-vivo. Se o Pés-de-louça tiver seus pontos de vida reduzidos a 0 devido a dano, ele deve fazer uma salvaguarda de Constituição com CD 5 + o dano sofrido, a não ser que este dano seja radiante ou de um acerto crítico. Se for bem-sucedido, o Pés-de-louça volta a ter l ponto de vida.

 

Ações:


Sabre Espectral. Arma de Combate Corpo a Corpo: +5 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 6 (1d8 + 2) ponto de dano cortante e o alvo deve fazer uma salvaguarda de Sabedoria. Se falhar, sofre 14 (4d6) pontos de dano psíquico e ficará amedrontado até o final do próximo turno.


Brilho da Loucura. Todas criaturas a até 18 metros do Pés-de-louça que estejam olhando para ele devem ser bem sucedidas em uma salvaguarda de sabedoria CD 14, ou sofrem 7 (1d8 + 3) pontos de dano psíquico e deve usar sua reação para fazer um ataque com uma arma corpo a corpo a uma criatura a escolha do Pés-de-louça que ele possa ver. Constructos e mortos-vivos são imunes a este efeito.


Olho da Tempestade. Todas as criaturas a 9 metros do Pés-de-louça devem fazem uma salvaguarda de constituição CD 14. Quem falhar sofre de 9 (2d8) pontos de dano elétrico mais 7 (2d6) pontos de dano trovejante e alvo fica atordoado e surdo até o final do seu próximo turno. Se for bem sucedido, ele sofre apenas metade do dano e não está surdo ou atordoado. Alem disso, existe 10% de chance de começar a chover sempre que ele usa esta habilidade.

 
 

Imagem: Lorar Laurenti


Fontes de pesquisa:


ALVES, Januária. Abecedário de Personagens do Folclore Brasileiro. 1ª Edição. São Paulo: FTD: SESC Edições, 2017.


APOCALYPSE, Mary. Estórias e Lendas de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro. 2ª edição. São Paulo: Edigraf. 1960.


CASCUDO, Luís da Câmara. Dicionário do folclore brasileiro. 10ª ed. São Paulo: Ediouro, 1954.


FRADE, Cáscia. Folclore brasileiro: Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura, 1979.





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