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Saci Pererê (D&D 5ª ed) - Bestiário Tropical pag. 002

Atualizado: 23 de abr. de 2021

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Um homenzinho de pele negra, pequeno como uma criança, vestindo um calção vermelho e uma carapuça também vermelha em sua cabeça. Só tem uma perna, mas anda pulando e a ausência da outra perna não lhe faz falta nenhuma. Sua boca trás um sorriso travesso enquanto fuma um cachimbo de barro.


Esse é um saci pererê, um tipo de duende peralta, guardião das matas, dos passarinhos e das crianças, que passa seus dias e noites fazendo travessuras de todos os tipos, como embaraçar a crina dos cavalos, assustar vacas pra azedar o leite, esconder objetos e todas as formas que ele conseguir pensar de pregar peças e espalhar o caos.


Sacis nascem dos brotos de bambu e vivem 77 anos. Podem engordar ou deixar a barba crescer, mas normalmente não o fazem e costumam manter um aspecto jovial, quase infantil. Muitas vezes costumam andar em grupos da mesma espécie, mas não é incomum que interajam com outras criaturas e façam amizades. O Pererê é um ser arteiro, brincalhão e até benevolente com aqueles que não fazem o mal e lhe trazem presentes. Também é comum que pessoas tentem fazer acordos com essas criaturas.


Eles têm o espírito mais inclinado a pregar peças do que à malvadezas, mas são muito vingativos com aqueles que fazem mal a eles ou aos seus protegidos. Os pererês normalmente odeiam conflitos e são medrosos quando se trata de lutar. Somente em último caso apelam para violência. Raramente carregam armas, exceto para fazer travessuras, como baladeiras. É sabido que seu chute é muito potente e que, quando estão em grupos, costumam bolar estratégias coordenadas e um saci sempre pensa no plano de fuga.


Há relatos de pererês fêmeas, mas são extremamente raros, quase inexistentes. Sabe-se também que sacis não deixam cadáveres. Quando um saci morre, seu corpo desaparece e ele se transforma em um cogumelo orelha-de-pau.


Saci Pererê

Feérico médio, caótico e neutro

 

Classe de Armadura: 15 (armadura natural)

Pontos de vida: 44 (8d8 + 8)

Deslocamento: 12 metros

 

FOR DES CON INT SAB CAR

12 (+1) 20 (+5) 12 (+1) 12 (+1) 10 (0) 15 (+2)

 

Perícias: Acrobacia +9, Enganação +4, Furtividade +9, Prestidigitação +9

Resistência a dano: Ígneo

Sentidos: Visão no escuro 18 m; Percepção passiva 10

Idiomas: Comum e silvestre.

Desafio: 3 (700 XP)

 

Conjuração inata.A habilidade de conjuração de um saci é Carisma (CD de resistência de magia 12). Ele pode conjurar, inatamente, as seguintes magias, sem necessidade de componentes materiais:


À vontade: Invisibilidade (apenas pessoal), Salto (apenas pessoal), Traquinagem (ver aqui).

3/dia cada: Arrombar, Forma gasosa (pessoal apenas).


Forma de Redemoinho.Quando o Saci usa Forma gasosa, seu deslocamento se torna 18 m (voo) e ele se torna invisível, estando visível apenas como um redemoinho de folhas e poeira.


Metamorfo. O Saci pode usar uma ação para metamorfosear-se na forma de um pardal, corvo, ou outro pássaro miúdo ou de volta para sua forma natural. As estatísticas dele são as mesmas em qualquer forma, exceto pelas mudanças de deslocamento indicadas. Qualquer equipamento que ele estiver usando ou carregando é transformado com ele, desaparecendo. Esses equipamentos retornam caso ele venha a morrer ou se destransforme.

 

Ações:


Ataques Múltiplos. O saci faz dois ataques de pancada.


Pancada. Arma de Combate Corpo a Corpo: +3 para acertar, alcance 1,5 m, um alvo. Dano: 5 (1d8 + 1) pontos de dano contundente.


Baladeira. Arma de Combate à Distância: +7 para acertar, distância 9/27 m, um alvo. Dano: 7 (1d4+5) de dano contundente.

 

EXTRA: O Saci e sua Carapuça


A carapuça vermelha de um saci é seu bem mais precioso e representa a liberdade do pequeno duende. Caso ela seja roubada, o saci, desesperado, fará qualquer coisa para tê-la novamente.


Esse objeto conta como um item mágico, mas não confere nenhuma habilidade a quem o utilizar e normalmente é utilizado para chantagear o pequeno feérico. É comum que se exija somente um trabalho do saci antes de devolvê-la, sabendo-se que ele se vingará profundamente se lhe pedirem mais do que isso, mas algumas pessoas não te qualquer intenção de devolver a carapuça um dia. Muitos já adquiriram fortunas dessa forma, enquanto outros abusaram da sorte e sofreram perdas terríveis. É possível encontrar essas carapuças a venda em mercados clandestinos por milhares de PO's (considere-a como um item consumível raro).


Quando não estiver de posse de sua carapuça, o saci recebe os efeitos da condição de amedrontado em relação a quem tiver a posse. Além disso, ele possui desvantagens em todos as jogadas de ataque e testes sociais contra aquele que estiver de posse da peça e desvantagem em todos os testes de atributo até que recupere a posse da carapuça.


Caso o Saci venha a falecer, sua carapuça desaparece imediatamente.

 
 

Imagem: xGotikox


Fontes de pesquisa:


CASCAES, Franklin. O Fantástico da Ilha de Santa Catarina. 1ª ed. Florianópolis: Editora UFSC. 2015.


CASCUDO, Câmara. Antologia do Folclore Brasileiro. São Paulo: Global editora. 2014.


CASCUDO, Câmara. Geografia dos Mitos. 1ª ed. São Paulo: Global editora. 2012.


SILVA, P. Alcionilio. Crenças e Lendas dos Uapes. 1ª edição. Quito: Ediciones Abya-Yala. 1994


LOBATO, Monteiro. Saci Pererê: O Resultado de um Inquérito. Jaguaré: Editora Globo. 2008.


O Colecionador de Sacis, de Andriolli Costa. <https://colecionadordesacis.com.br/>

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